À medida que os processos judiciais do PCB em Pittsfield aumentam para nove, perguntamos ao advogado de 'Ação Civil', Jan Schlichtmann: Quão difícil é provar estes casos?

Jun 09, 2023

Repórter

Os aterros Hill 78 e Building 71 perto da Allendale Elementary School, à direita, em Pittsfield, contêm PCBs da limpeza do rio Housatonic. Duas mães da cidade entraram com ações judiciais contra a General Electric Co. e a Monsanto pela poluição por PCB que, alegam, levou diretamente ao câncer de seus filhos. Existem agora nove reclamações no total registradas.

Jan Schlichtmann é conhecido pelos casos de danos pessoais que assumiu no início dos anos 1980, quando os residentes de Woburn começaram a associar doenças e leucemia infantil a produtos químicos na água potável pública. Descobriu-se que duas empresas eram responsáveis ​​pelos resíduos que vazavam para o abastecimento de água.

Jan Schlichtmann, cuja luta para levar à justiça os poluidores industriais em Woburn foi documentada no livro e no filme "A Civil Action", falou ao The Eagle sobre os desafios de julgar tais casos. Quando questionado sobre as ações judiciais do PCB agora movidas em Pittsfield, ele disse que as alegações podem ser difíceis de provar.

Num drama jurídico que se desenrolou ao longo dos anos, Schlichtmann e a sua equipa jurídica ficaram sem dinheiro lutando contra bolsos muito mais fundos, contraíram dívidas e não conseguiram obter vitórias financeiras significativas para as famílias.

Jonathan Harr capturou as dolorosas dificuldades de Schlichtmann em seu livro “A Civil Action”. Na versão cinematográfica, John Travolta interpreta Schlichtmann.

Houve fracasso, mas nem tudo estava perdido. Mais tarde surgiram novas provas e a Agência de Protecção Ambiental processou as empresas e forçou-as a pagar 69 milhões de dólares para limpar a poluição.

Mais tarde, Schlichtmann assumiu com sucesso outros casos de ferimentos ligados à contaminação, incluindo um em Tom's River, NJ, onde o cancro infantil estava ligado à poluição da água por três empresas.

Nos anos 80, enquanto Schlichtmann trabalhava nos casos Woburn, grande parte da poluição por PCB proveniente do negócio de transformadores eléctricos da General Electric Co. em Pittsfield já se tinha espalhado pela cidade de várias maneiras.

Essa poluição devastaria o rio Housatonic, de Pittsfield a jusante, para outras cidades. Isso geraria avisos que continuam até hoje para não comer peixes do rio. E forçaria um acordo entre a EPA e a GE para um plano de limpeza estimado em custar à empresa 650 milhões de dólares.

Mas os PCB – bifenilos policlorados – também entrariam nos bairros e nas escolas através da sujidade contaminada que a GE deu à vizinha Allendale Elementary School durante a sua construção em 1950, bem como aos proprietários de casas no bairro vizinho de Lakewood.

O advogado Thomas Bosworth entrou, desde meados de agosto, com nove ações judiciais no Tribunal Superior de Berkshire, centradas na área escolar e em dois aterros sanitários próximos, na antiga fábrica da GE. Grande parte da propriedade da escola Allendale foi eventualmente remediada e limitada.

A escola Allendale em Pittsfield possui vários dispositivos de monitoramento de partículas atmosféricas que a EPA usa para testar amostras de ar duas vezes por ano para testar PCBs. O campo e o playground da escola confinam com a antiga fábrica da General Electric Co., da qual foi usado solo contaminado com PCB durante a construção da escola em 1950.

A Águia relatou os cinco primeiros.

Desde quinta-feira, mais quatro ações judiciais foram movidas – uma delas pelo viúvo de um professor de longa data em Allendale. Na quinta-feira passada, Steven McDermott apresentou a queixa em nome do espólio de Nina McDermott, alegando que seus cânceres de mama e de rim foram causados ​​por sua exposição a PCBs na escola e nos arredores.

Mais dois foram apresentados na segunda-feira por Paula e Nancy King, irmãs que frequentaram a escola na década de 1970. Um desenvolveu câncer no cérebro; o outro, câncer de mama.

Também na segunda-feira, Dylan Welch, 24 anos, apresentou uma queixa alegando que seu câncer no cérebro é resultado direto de sua frequência na escola Allendale.

Bosworth disse que as ações judiciais representam um fluxo constante de ações legais que vinculam a poluição por PCB na cidade ao longo dos anos a vários tipos de câncer e outras doenças.

Todos os processos judiciais em Pittsfield alegam uma ligação entre os PCB e os cancros, incluindo em duas crianças da cidade. Outro ex-morador da cidade associa a doença de Parkinson à exposição. Os réus são a General Electric Co. e o fabricante de PCB Monsanto, bem como outras entidades relacionadas. A Monsanto, até agora, nega ser responsável. A GE recusou comentários devido ao litígio.